Você, assim como eu, ficou perdido com a miríade de entidades envolvidas no escândalo do INSS?
Me valho dos dados extraídos do Portal da Transparência plotados em gráficos para dar uma visão geral, começando com grupos de entidades por início de recolhimento: 
Notem que há três ondas de crescimento:
– a primeira em 2018, de entidades hoje inativas (foram descredenciadas em 2019)
– a segunda em 2022, via entidades novas
– a terceira em 2023, via outras entidades novas
Dentre os 2 grupos mais recentes, nenhuma das entidades tem crescimento orgânico verossímil.
Quando em conjunto com as outras, quase não dá para ver, mas mesmo algumas entidades antigas tiveram crescimento expressivo recente, principalmente o Sindinapi e o Sindiapi. Já a gigante Contag teve redução de deduções creditadas. 
Mais um gráfico que também ajuda a entender a dimensão do problema: o número de entidades beneficiadas ao longo do tempo. Saímos de menos de 10 para quase 40!
Nota: este não é necessariamente o número de entidades aptas (via ACT), mas sim as que efetivamente receberam valores naquele mês. O motivo é que há vários casos de entidades que firmam o ACT com o INSS, mas ficam alguns meses se estruturando 😏 até iniciar o recolhimento.
Em suma: de todas as 37 entidades com convênio ativo com o INSS atualmente ativo, 32 tiveram crescimento explosivo. Das 5 restantes, que tiveram estabilidade ou redução, apenas a Contag é grande.
Ou seja: há 32 casos suspeitos, muito além dos 12 anunciados semana passada.
Por último, uma frase de um dos gigantes na história da infografia, Joseph Minard, que consta no meu treinamento sobre visualização de dados, sobre o impacto de dados apresentados graficamente: 
“Mas Frankito, e aquela AAPEN/AAPB em laranja lá no topo?”
É um caso tão único/estranho que merece ser classificada à parte e renderá uma postagem só para ela.
