Os credores quirografários (sem garantia) da FMU têm uma decisão difícil pela frente.
Segundo uma matéria de ontem do Estado de S. Paulo, a dívida atualizada da FMU (atualmente em recuperação judicial) é de quase R$ 245 milhões.
Do total de R$ 243 milhões, cerca de R$ 135 milhões (55%) é com os fundadores da empresa. Além disso, segundo a matéria, bancos como Itaú, XP e Santander também têm valores altos a receber.
“TÁ, MAS QUAL A ESCOLHA DIFÍCIL?”
Então, o plano da RJ prevê duas opções de pagamento aos credores sem garantia.
Na primeira, o pagamento é limitado a R$ 150 mil, com 100% de deságio sobre o excedente. Ou seja: o excedente é perdoado.
Se a dívida é de R$ 5 milhões, o credor recebe R$ 150 mil. O prazo? 60 dias após homologar o plano.
A segunda opção prevê um deságio de 85% sobre a dívida total, mas com correção pelo IPCA (após incidência dos deságios).
Ou seja: Era R$ 1 milhão, vira R$ 150 mil. E aí corrige até o pagamento.
Que é quando?
Na segunda modalidade, o pagamento teria carência até 2035.
“E AÍ RECEBE???”
Sim, em 5 anos (principal e correção).
Segundo o plano da FMU, não há credores com garantia real.
Para créditos trabalhistas, o plano não prevê deságio para dívidas até 150 salários mínimos, mas também não prevê juros e correção – e o pagamento seria em até 60 dias depois da homologação.
Acima disso, deságio de 85% sobre o excedente, com correção (IPCA) e juros, sendo que o excedente será pago em 5 parcelas anuais a partir de 2036.